Módulo livros Históricos (aula livros do Reis pagina 111)

Os acordos comercias de salomão

Salomão não foi um rei de guerras, pois tinha pouca necessidade de o ser, pois nenhum inimigo externo ameaçava seriamente seu reino. Politicamente, seu dever também não era o de defender o Estado ou ampliá-lo, mas de conservá-lo unido. 
E nisso, na maioria das vezes, foi bem sucedido.
Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou,  esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital  Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel.
Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai.
Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber  através do porto de Aqabar.
“A estas nações uniu-se Salomão por seus amores. Teve setecentas esposas de classe principesca e trezentas concubinas. E suas mulheres perverteram-lhe o coração”); o próprio príncipe da coroa foi descente de tal união (1 Reis14.21).
Entretanto, a mais importante das alianças feita por Salomão, foi estabelecida com Tiro (1 Reis 5.1-12) já efetivada por Davi e agora renovada.
Apesar de não ser guerreiro, Salomão estava longe de ser um inexperiente em matéria de conhecimento militar. Ao contrario, ele manteve a segurança e desencorajou a agressão, mandando construir um exercito ativo, que poucos ousariam desafiar.
As principais cidades foram fortificadas e transformadas em bases militares (I Reis 9,15-19). Essas incluíam, além da própria Jerusalém, uma cadeia de cidades ao longo do perímetro do centro das terras israelitas: Hasor, na Galileia; Meguido; Gazer e Tamar. Disposto nesses pontos, o exercito de Salomão podia ser rapidamente reunido para defender-ser contra invasões, dominar pequenas revoluções internas ou agir contra vassalos rebeldes.
De modo geral, Salomão conseguiu manter com sucesso o império unido, mas não totalmente. Apesar de a estrutura principal ter permanecido forte, Salomão deixou-a um pouco menor do que a encontrada. Primeiro houve problemas em Edom (1 Reis11.14-22.25).

A história interrompe-se de repente e o texto é incerto v.25 “Foi inimigo de Israel durante toda a vida de Salomão”.
Certamente Salomão nunca perdeu seu controle sobre Edom, porque se isso tivesse acontecido, suas manobras em Asiongaber, sobre as quais falaremos logo, para não dizer nada de suas atividades relacionadas com o comercio de caravanas da Arábia (10,1-10.15), teriam sido impossíveis de se realizar. Salomão manteve o império intacto. 

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