Módulo Livros Históricos (aula livros de II Reis)


Visão geral da Divisão do reino


     Com a morte de Salomão, seu filho Roboão reinou em seu lugar sem problemas algum por parte dos filhos de Israel. Foi em Siquém, um importante centro israelita – Js 8:30-35; 24:1-33 – situado na região norte de Efraim, cerca de 60 km de Jerusalém, que ele foi reunido com o povo para o fazerem rei. 
     Jeroboão ainda se achava no Egito, mas mandaram chama-lo porque Salomão já tinha morrido e não mais poderia prejudica-lo e ele, (I Rs11.26-40), veio atendendo ao apelo do povo que por ele tinha estima, devido seu espírito de liderança e capacidade. 
     Jeroboão era jovem de origem humilde, mas tinha conquistado notoriedade por causa dos seus fiéis serviços e realizações
     O povo estava insatisfeito com o jugo do reino sobre suas cabeças, havia muitos impostos e o pedido era relevante. É preciso lembrar que Davi juntou todo o material necessário para construir o templo e Salomão construiu, ou seja, durante oitenta anos o povo contribuiu bastante para construir o templo, mas o templo já estava pronto e o povo queria ser aliviado da carga dos altos impostos. Era justo. 
     Ele veio e já foi procurar, pacificamente, ao novo rei prometendo lealdade e servidão por todo o tempo de sua vida e assim parecia que ia ser. 
     No entanto, Roboão não toma partido nem diz o que pensa, mas sabiamente, resolve consultar seus conselheiros e começa com os que dantes eram conselheiros de seu pai, mais maduros e experientes. Por fim consulta também aos jovens que com ele estavam começando o reinado. 
     As opiniões de ambos não foram unânimes, pelo contrário, enquanto os anciãos aprovavam a solicitação de Jeroboão, os jovens, a condenavam e mandaram Roboão falar-lhes asperamente. 
     Roboão atende aos conselhos dos jovens e fala duramente com Jeroboão que saiu dali para se tornar um líder rebelde por todo o tempo da vida de ambos. 
      Já era o plano de Deus essa divisão e nada mudaria isso! Foi profetizado pelo profeta Aias e agora estava para se suceder. Porque esta revolta vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR tinha falado pelo ministério de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate. 
      O rei não estava mentindo quando disse que ia afligir o povo e logo ele mandou Adorão, que estava sobre os tributos que cobrar os impostos dos israelitas, mas ele não foi muito bem recebido, o povo apedrejou e matou o homem e Roboão fugiu para Jerusalém.
      Foi desta forma que o reino foi dividido. Jeroboão foi ungido rei pelos anciões sobre as dez tribos de Israel e Roboão reinou sobre as tribos de Judá e parte de Benjamim. O reino nunca mais foi unificado e tudo aconteceu conforme a palavra do profeta Aías.
     Em Judá reuniram 180.000 homens para irem pelejar contra Jeroboão e tomarem Israel de volta, mas se levantou Semaias, homem de Deus, que falou a palavra do Senhor dizendo-lhes para não saírem à peleja porque tudo aquilo tinha vindo dele mesmo.
     A divisão do reino estava de acordo com a vontade de Deus e a existência de dois reinos havia sido ordenada por Deus e, agora, cada um tinha a oportunidade de provar a sua fidelidade à aliança.




Em Israel reinado de Joroboão (930-909 a.C.)

    Jeroboão criou centros de adoração ilícitos no Norte e violou um dos princípios mais importantes a exclusividade do templo em Jerusalém criando um centro falsos de adoração, (I Rs.12.25-33).
   Numa tentativa de fortalecer a lealdade do povo, Jeroboão movido por conselho, construiu bezerros de ouro em Betel e Dã e instituiu um sistema de culto para substituir a adoração no templo em Jerusalém.

    Ainda Jeroboão instituiu festas e dias religiosos justamente para criar no povo uma cultura diferente que logo esqueceriam do seu Deus verdadeiro. 
      Assim, Jeroboão e todas as dez tribos estavam indo pelo caminho da contramão de Deus e distantes da aliança com Deus.

     Nas provas, estavam sendo rejeitados a passos largos, mas Deus ainda terá muita misericórdia deles e enviará a eles seus profetas, mas mesmo assim, não os ouvirão. Jeroboão tenta prender o profeta mas  seus braços ficaram enrijecidos. 


Roboão rei em Judá - perde os escudos do reino, (2 Cr.12.1-12). 
 
   Roboão, cujo nome significa “ libertador do povo” foi um jovem rei, que começou a reinar em lugar de seu pai Salomão. Porém não honrou o nome de Seu.
   Foi o desastrado que dividiu Israel em Israel (Norte) e Judá (Sul). O reino unido teve três reis: Saul, Davi e Salomão.
    A divisão do reino fora profetizada Deus havia falado a Salomão e lhe falou das conseqüências que resultariam se ele se tornasse um rei infiel, (2 Crônicas 7:17-20).
    Também, o profeta Aías havia profetizado a Jeroboão que isso aconteceria, (1 Reis 11:31-35). A causa principal da divisão era a apostasia de Salomão.  Este rei foi um exemplo negativo.
   1) Primeiro erro: desrespeitar as pessoas.
   Roboão não respeitou as pessoas. Viu-as como apêndice de seu projeto de poder. Os líderes do Norte, comandados por Jeroboão, fizeram um pedido: 1Reis 12.3-4. 
    Três dias depois ele respondeu: 1Reis 12.12-24. As pessoas não importavam. Só ele importava. Era da linhagem estabelecida por Deus. 
   2) Segundo erro: seguir conselhos errados
     Recebeu o conselho dos anciãos e desprezou o conselho dos anciões, (1Reis 12.6-14). Por que Roboão ouviu o conselho insensato dos seus amigos para aumentar o peso dos impostos do povo (1 Reis 12:9-11) em vez do conselho sábio dos conselheiros de seu pai e reduzir o peso dos impostos (1 Reis 12:6-8). Desastre nacional e guerra civil. A falta de respeito no trato trouxe o endurecimento: vv. 16-17. Assim, o reino unido de Israel foi dividido em dois reinos que se enfraqueceram até a destruição.
3) Terceiro erro: não colocar Deus em primeiro lugar. 
     O primeiro dever do rei era honrar a Deus. Roboão buscou seu interesse pessoal. É triste dar a Deus outro lugar que não o primeiro. Salomão fez isto, ao se tornar idólatra: 1Rs 11.5-8.
   Roboão imitou o pai: o poder lhe subiu à cabeça. Viu-se como o homem a ser honrado. Dar a Deus o segundo lugar é dar-lhe o último. O poder pode trazer auto-suficiência.
     A história de Roboão nos ensina que estar em paz e em segurança não é motivo para abandonar a Deus: (v.1): “Tendo Roboão confirmado o reino e havendo-se fortalecido, deixou a lei do SENHOR, e, com ele, todo o Israel”.
    Roboão, deixou a lei do senhor e com ele todo o israel. Deus sempre nos avisa de uma forma ou de outra: (v.2-5): Então, se humilharam e Deus tirou o meu furor.
   Roboão perdeu os escudos, mas não teve perca maior.
     A substituição não é restauração: (v.10-11): Diante da perda por causa do pecado muitas pessoas procuram substituir aquilo que se perdeu como Roboão substituiu os escudos de ouro por escudos de bronze tentando de uma maneira inútil mascarar a situação.


Abias, rei de Judá 

     Enquanto reinava Jeroboão em Israel, Abias, filho de Roboão, começou a reinar em Judá, morando na cidade de Davi. Abias teve um reinado bem curto, somente três anos, mas ele deixou suas digitais numa batalha memorável contra Israel.
     O rei Abias ordenou a peleja contra Israel e levantou um exército de quatrocentos mil homens escolhidos, mas o rei Jeroboão dispôs contra Judá um exército poderoso de oitocentos mil homens, todos escolhidos dentre os mais corajosos. Era uma guerra entre compatriotas, mas nem por isso menos violenta.
   Abias sentiu o peso da responsabilidade por confrontar irmãos e se colocou de pé numa montanha da tribo de Efraim e fez um longo discurso aos irmãos judeus, (2 Crônicas 13:4-6).
     Abias estava reivindicava sua legitimidade no trono de Judá, porque de acordo com a aliança de sal firmada entre Deus e Davi, à sua descendência pertencia o reino de Israel e ele inteirinho, não dividido e Abias era descendente do rei Davi e Jeroboão um aventureiro e usurpador.
     Bom, Jeroboão não se comoveu com o apelo de Abias e armou contra ele uma emboscada e dividiu seu exército em duas companhias e atacou Judá pela frente e pela retaguarda. De repente Judá estava encurralado, tendo de pelejar pela frente e por trás, mas eles tinham uma arma poderosa, então clamaram ao Senhor e os sacerdotes tocaram as trombetas e os homens de Judá gritaram e Deus feriu a Jeroboão e a todo o Israel diante de Abias e de Judá.
    O que aconteceu em seguida foi uma tremenda humilhação para Israel, porque seus corajosos soldados fugiram diante dos soldados de Judá, porque Deus os entregou nas mãos de Abias e seu exército. Os homens de Judá mataram quinhentos mil soldados de Israel e olha que eles eram os melhores, escolhidos entre os mais valentes.
     O rei Abias perseguiu Jeroboão e tomou dele Betel e Jesana e Efrom com todos os seus lugares da sua jurisdição. Foi um desastre completo para Jeroboão, que nunca mais recobrou o seu poder e o Senhor o feriu e ele morreu, porém Abias se fortificou e ainda tomou para si quatorze mulheres e gerou com elas vinte e dois filhos e dezessete filhas.


Resultado de imagem para o reinado de  asaO rei Asa, rei de Judá

Asa: filho de Abias, e Maaca,  filha de Uriel, reina quarenta e um anos sobre Judá em Jerusalém.
Procurar andar nos caminhos do Senhor e, durante seu reinado, foi exortado pelo profeta Azaria, a seguir os ensinamentos do Senhor. E assim, levou a Israel a voltar-se para o seu Deus acabando com o culto aos ídolos e a toda idolatria.
Depôs sua mãe Maaca, por estar envolvida com a idolatria. 
Porém não destruído os altares construídos por seu pai. Ainda assim, Asa agradou o Senhor, fazendo-lhe o que era reto. 
Reuniu em Jerusalém, além das tribos de Judá e Bejamim, as de Efraim, Manases e Simeão, para oferecerem sacrifícios ao Senhor. E estabeleceu que todos buscassem ao Senhor, Deus de Israel, sob pena de serem mortos.
Apesar da paz que reina em Judá, Zerá, o etíope, levanta-se contra Asa que o vence, pois Deus é com ele.
Decorridos trinta e seis anos do seu reinado, Baasa rei de Israel, sobe contra Judá e edifica a Rama, porém Asa faz aliança com o rei da Síria, Bem-Hadade, que anula sua aliança com Baasa e sai contra Israel fazendo com que Baasa desista de edificar a Rama e volte para Tirza. Com a madeira e as pedras da construção de Rama, Asa edifica Geba e Mispa.
Apesar de bem sucedido, o acordo do Rei Asa com o rei da Síria, foi repreendido por Deus por não confiar nEle, mas no rei da Síria, e indignando-se contra o vidente Hanani, enviado de Deus, lança-o no cárcere, no tronco e ainda oprime alguns do povo. 
No ano trinta e nove do seu reinado, Asa fica gravemente doente dos pés e não busca ao Senhor, mas aos médicos. Dois anos depois morre e é sucedido por seu filho Josafá. Seu reinado vai de 910 à 869 a. C.
I Reis 15:1-24; II Crônicas 14:1-15; 15:1-19; 16:1-14.

O rei Josafá, rei de Judá

Josafá: Filho do rei Asa e de Azuba, filha de Sili. Sucedeu seu pai aos trinta e cinco anos e reinou por 25 anos.
- Foi fiel a Deus, buscando-o e andando em seus caminhos como andou seu pai. O que fez Deus, ser Josafá bem sucedido em seus feitos. 
- Seu reinado foi de paz, prosperidade e glória. 
- Tirou os altos e os postes-ídolos de Judá; 
- enviou alguns príncipes, levitas e sacerdotes para ensinarem em Judá a Lei do Senhor; 
- constituiu em todas as cidades do país, juízes, levitas, sacerdotes e dos cabeças das famílias de Israel para julgar conforme a Lei de Deus; 
- também em todas as cidades edificou fortalezas, cidades-armazéns; além de muitas outras obras; 
- tinha muita gente de guerra e homens valentes e todos os reinos temiam a Josafá.
Acabe, rei de Israel, faz aliança com Josafá para pelejarem contra Ramote-Gileade, mas Josafá consulta a Deus através do profeta Micaías, que profetiza vitória de Josafá e derrota de Acabe, este se indignando, manda prender o profeta. 
Deus foi com Josafá e este teve a vitória, porém foi repreendido por Deus, através do profeta Jeú, por sua aliança com Acabe.
Moabe e Amom levantam-se para destruir Judá, porém Josafá clama ao Senhor e tem a vitória sem ao menos guerrear, pois eles mesmos se destruíram no monte Seir, cidade esta invadida e destruída pelos os mesmos moabitas e amonitas. 
Judá encontra muita riqueza aí e leva para Jerusalém aumentando ainda mais suas riquezas. 
Depois disto, Judá teve paz, pois todas as nações temiam e não mais incomodaram.
Depois disso , Josafá alia-se ao rei de Israel, Acazias, para fazerem navios e irem até Társis em busca de ouro, porém Deus repreendeu através do profeta Eliézer e destrói os navios.
Morre o rei Josafá e é sepultado em Jerusalém junto aos seus pais. 
     Seu filho Jeorão reina em seu lugar. Seu reinado vai de 872 à 848 a. C.  (I Reis 15:24; 22:1-52; II Crônicas 16:13-14; 17:1-19; 18:1-34; 19:1-11; 20:1-37).

Jeorão, rei em Judá

Jeorão ou Jorão: Filho do rei Josafá. Sucedeu seu pai aos trinta e dois anos de idade e reinou oito anos sobre Judá. 
Foi um rei cruel, mal e idólatra perante o Senhor. Assim que assumiu o trono, matou todos os seus irmãos e a alguns dos príncipes de Israel.
Levou Judá a se desviar dos caminhos do Senhor praticando a idolatria. 
Preferiu antes ouvir os conselhos do rei de Israel Acabe, seu sogro pai de Atalia.
Como resposta de Deus, os edomitas se rebelaram e constituíram seu próprio rei.
Joarão é avisado pelo profeta Elias do castigo que receberia por suas atrocidades. 
Não demorou e os filisteus e arábios, sobem a Judá, invadem o palácio do rei, levam tudo o quanto tem, inclusive suas mulheres e filhos que são mortos, escapando apenas o filho mais novo, Acazias.
Depois disso, Jeorão é acometido de grande enfermidade no abdômen. 
Passado dois anos morreu, sendo sepultado em Jerusalém, porém não com seus pais, e também não deixou saudades. 
Judá constitui rei a Acazias, filho mais novo de Jeorão. 
Seu reinado vai de 848 à 841 a. C. II Reis 8:16-24; 22:51; II Crônicas 21:1:20


Acazias rei de Judá

       Acazias, o filho e herdeiro de Acabe e Jezabel, ascendeu ao trono de Israel em 850 a.C.
   Em uma tentativa de reviver o comércio marítimo com a Arábia, inativo havia muito tempo, ele ofereceu ajuda ao rei de Judá, josafá, para estabelecer uma frota conjunta em Eziom-Geber. 
    Josafá era um rei justo e fiel a Deus, por isso ele não confiou no pagão Acazias. Por temer que Acazias estivesse tramando anexar Judá a Israel, Josafá recusou a oferta de (1Rs 22.48-49). 
    A Bíblia relata que Acazias fez o que o senhor reprova e estava tão envolvido com o paganismo quanto seu pai e sua mãe. A mãe, Jezabel, ainda vivia, e fica claro que ela exerceu uma tremenda influência sobre ele durante seu reinado de dois anos. 
    Acazias tinha um estilo de vida dissoluto e , no segundo ano de seu reinado, enquanto estava entorpecido pela bebida, caiu da janela de seu palácio em Samaria. 
    Ficou muito ferido e foi enviado para os sacerdotes do deus pagão Baal-Zebube para curá-lo Elias os encontrou e os enviou de volta.
Eles enviaram um batalhão com cinquenta guardas, a quem Elias destruiu ao invocar o fogo divino: "Se sou homem de Deus, que desça fogo do céu e consuma você e seus cinquenta soldados! (2 Rs1.10). Elias, a seguir , foi a Acazias e lhe disse que, a causa de seus pecados, ele não se recuperaria de seus ferimentos.
   Assim, pois, morreu (Acazias), conforme a palavra do Senhor, que Elias falara; e Jorão começou a reinar no seu lugar no ano segundo de Jeorão, filho de Jeosafá, rei de Judá; porquanto não tinha filho (era irmão de Acazias).” (2 Rs 1:17). “E Jorão, filho de Acabe, começou a reinar sobre Israel, em Samaria, no décimo oitavo ano de Jeosafá, rei de Judá; e reinou doze anos.” (2 Rs 3:1).

O reinado de Atila, reino de Israel

 Atalia: Filha de Acabe, rei de Israel e Jezabel, esposa Jeorão, rei de Judá, mãe de Acazias.
Após a morte de seu filho, rouba o trono de Judá e passa a governar por seis anos. Cruel e sanguinária introduz também em Jerusalém o culto a Baal e ainda levou os utensílios da casa do Senhor para serem utilizados nos cultos a Baal. Seu primeiro ato foi matar todos os membros da família real, inclusive seus netos. Porém Joás, filho mais novo de Acazias, escapa com a ajuda de sua tia Jeosaba, esposa do sacerdote Joiada.
Passados seis anos, Joiada apresenta, na casa do Senhor, Jóas como o legítimo rei que é recebido pelo povo com muita alegria. Atalia vai ao templo do Senhor na tentativa de conter a rebelião, mas é retirada e morta à entrada da casa do rei. Após a morte de Atália, o povo entra na casa de Baal e destrói seus altares e as suas imagens e mata a Matã, sacerdote de Baal. O sacerdote Joiada entrega a casa do Senhor aos levitas, oferece holocaustos ao Senhor e houve paz na cidade. E assim reinou Joás. Seu período de regência vai de 841 à 835 a. C. (II Reis 11:1-21; II Crônicas 22:10-12; 23:12-21; 24:7


Joás, reino de Judá

Joás: filho de Acazias. Sobe ao trono de Judá aos sete anos de idade e reina por quarenta anos em  Jerusalém. Joás, o rei menino, sobreviveu, com ajuda de sua tia Jeoseba, à fúria de sua avó Atalia quando tinha apenas um ano. 
  Criado pelo sacerdote Joiada, foi fiel ao Senhor enquanto este vivia; porém depois fez o que era mal aos olhos de Deus e por isso não foi próspero no seu reinado, porquanto foi abandonado por Deus.
No início do seu reinado Joás reparou a Casa do Senhor, e procurou andar nos seus conselhos, porém reinou de forma precipitada, o que levou a se afastar dos propósitos do seu Deus praticando a idolatria. 
Uma vez que, vindo os príncipes de Judá prostraram-se perante ele que os atendeu em tudo. E deixaram a Casa do Senhor, para servirem às imagens do bosque e aos ídolos; por este ato foi Joás repreendido pelo Senhor com grande ira. Porém enviou profetas entre eles, para os fazer tornar ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não deram ouvidos. E ainda, o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, para levar a mensagem ao Rei de que não prosperaria em seus feitos e que assim como ele abandou o Senhor também Deus o abandonaria. Mas revoltando-se contra o profeta, o apedrejaram no pátio da Casa do Senhor. Assim, o rei Joás não se lembrou do que fizera Joiada, pai de Zacarias.
Deus, então castiga Judá através de Hazael, rei da Síria, quando este tenta conquistar Jerusalém e toma todos os tesouros da Casa do Senhor e da casa do rei, e retirou-se de Jerusalém deixando Joás ferido.
Estando Jóas ferido no seu leito, alguns dos seus servos tramam contra ele e o matam. Jóas é sepultado em Jerusalém, mas não com os seus pais. E seu filho Amazias reinou em seu lugar. Seu reinado vai de 835 à 796 a. C.
II Reis 11:2; 12:1-21; 13:1; II Crônicas 22:11; 24:1-27.


Amazias, rei em Judá

     Amazias: Filho de Jóas. Sobe ao trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reina por vinte e nove anos. 
Buscou agradar a Deus, porém não com integridade de coração. Pois foi um Rei vingativo, e o seu primeiro ato ao se confirmar no trono foi matar os servos que assassinaram seu pai, poupou no entanto a vida de seus filhos. 
Depois declara guerra aos edomitas e sai vitorioso do vale do Sal, conquista Sela, a capital dos edomitas.
Amazias realizou cerimônias religiosas em honra aos deuses edomitas e por causa deste ato de idolatria, não obteve sucesso no seu reinado antes foi destruído, segundo lhe falou o Profeta. Foi inteiramente derrotado na batalha de Bete-Semes por Jeoás, rei de Israel, a quem tinha provocado, e por quem foi preso e conduzido às portas de Jerusalém, que caiu sem resistência, é saqueada por Jeoás.
Acaba seu reinado assassinado por seus compatriotas em Laquis, para onde se tinha retirado, fugindo de Jerusalém. Foi sepultado em Jerusalém com os seus pais e seu filho Uzias sucede no trono de Judá.
Seu reinado vai de 796 à 767 a. C.
II Reis 12:21; 14:1-20; II Crônicas 24:27; 25:1-28.


Nadabe, rei em Israel
     
     Nadabe: Filho de Jeroboão, rei de Israel. Reinou sobre Israel por dois anos e fez tudo o que era mal aos olhos de Deus a exemplo de seu pai. E assim como o Senhor falou por meio do profeta Aías, que eliminaria da casa de Jeroboão todos do sexo masculino, a profecia se cumpriu quando Nadabe cercou Gibetom e foi, o rei de Israel, traído e morto por Baasa, e com ele toda a sua casa, exterminando assim, a casa de Efraim. E Baasa reinou em seu lugar. Seu reinado foi de 898 à 896 a. C.  I Reis 14:20; 15:25-31.


Uzias  ou Azarias, rei em Judá

Uzias ou Azarias: Filho de Amazias, rei de Judá e Jecolias. Sucedeu seu pai aos dezesseis anos de idade e reinou por 52 anos em Jerusalém. 
Buscou andar nos caminhos do Senhor em tudo quanto fez, por isso teve um reinado de muita prosperidade. 
Foi notável engenheiro e projetava ele mesmo suas armas de guerra.
Foi também considerado um grande guerreiro, temido por todos e sua fama chegou até o Egito. 
Guerreou contra os filisteus, arábios e meunitas vencendo a todos, pois Deus era com Uzias que o buscava através do Profeta Zacarias e Isaías e que trazia uma mensagem de punição e juízo para os pecados de Judá e Israel, e das nações vizinhas. 
Contudo, Uzias fortificou torres e edificou a cidade de Élate, construiu reservatórios de água, recebeu presentes dos amonita, tinha muito gado e muitos campos férteis e foi considerado amigo da agricultura. Porém os altos não tirou, porque o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.
Contudo, nos últimos anos de sua vida, exaltou-se e quis ele mesmo queimar incenso no altar do incenso. O que não lhe era permitido, mas tão somente aos sacerdotes e por isso foi amaldiçoado com lepra até o dia de sua morte. Morrendo o rei Uzias isolado numa casa separada. Porém Jotão, seu filho, tinha o cargo da casa e governava Judá. Morreu uzias e foi sepultado com seus pais. Seu filho Jotão sucedeu-lhe no trono.
Seu reinado vai de 791 à 740 a. C. (II Reis 15: 1-7; II Crônicas 26:1-23).


Jotão, rei em Judá

Jotão: Filho de Uzias. Subiu ao trono aos vinte e cinco anos de idade e reinou em Jerusalém por dezesseis anos. 
Regente em Judá nos tempos de seu pai, fez o que era reto ao Senhor, e não ousou contra o seu Deus, antes buscou andar nos seus conselhos através do profeta Isaías que lhe transmitia da parte de Deus, mensagens de punição e juízo para os pecados de Judá e das nações vizinhas, Jotão temeu ao Senhor. 
Contudo o povo permanecia no mal com sua idolatria. Mas Jotão foi bem sucedido em seus feitos, edificou muitas obras, inclusive cidades na região montanhosa de Judá e nos bosques, castelos e torres. Guerreou contra os amonitas que não quiseram pagar os tributos, que lhes foram impostos por seu pai, ele os obrigou a isso pela força das armas.
Jotão foi homem poderoso e seu reinado foi próspero, mas já no seu fim a paz foi ameaçada pelo rei de Damasco e por Peca.
Morre o rei Jotão e é sepultado com seus pais em Jerusalém. Seu filho Acaz reina em seu lugar.
 Seu reinado vai de 750 à 735 a. C.
 II Reis 15: 5-7; 32-38; II Crônicas 26:23; 27:1-9

Acaz, rei em Judá

Acaz: Filho de Jotão, rei de Judá. Sucedeu seu pai aos vinte anos e reinou em Jerusalém por dezesseis anos.
Seu reinado foi de abominações ao Senhor por quanto andou Acaz nos caminhos de Israel e se entregou à idolatria esquecendo-se do Senhor, seu Deus. Sacrificou, e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de todo o arvoredo. Pegou os utensílios da Casa de Deus, e os fez em pedaços, e fechou suas portas, e fez para si altares em todos os cantos de Jerusalém. E até a seu filho Sacrificou no fogo, em holocaustos a seus deuses.
Porém sua maldade não ficou impune, o Senhor levantou-se contra Acaz e os entregou nas mãos do rei da Síria que levou cativo uma grande multidão, também o rei de Israel venceu Acaz, matando muitos homens poderosos de Judá, saqueou e levou cativo os habitantes de Judá como tinha falado o profeta Odede que Judá seria vencido.  
 Porém o Senhor, através do mesmo profeta Obede, não permite que Israel leve cativos até samaria os seus irmãos, Israel ouve a Deus e os liberta com seus pertences. Houve ainda derrota para os filisteus e edomitas que sitiaram muitas cidades de Judá.
Diante de tantas derrotas, o rei Acaz despreza os conselhos do profeta Isaías que alertava da punição e juízo para os pecados de Judá e das nações vizinhas, mesmo assim, pede socorro ao rei da Assíria mandando-lhe presentes retirados da Casa do Senhor e submetendo-se ao seu domínio, aumentando ainda mais sua ruína, e o rei da Assíria não o ajudou.
Acaz desesperado, pede ao sacerdote Urias que edifique altar igual aos vistos em Damasco e oferece, ele mesmo, sacrifícios aos deuses do rei da Assiria, dizendo ele que os mesmos ajudavam o rei da Assíria, assim também o ajudaria. Dessa forma, Judá foi tomada por todas as partes de altos para queimar incenso a outros deuses, aumentando ainda mais a ira de Deus sobre Judá.
Morre o Rei Acaz, é sepultado em Jerusalém, porém não com seus pais. Em seu lugar reina seu filho Ezequias.
   Seu reinado vai de 735 à 716 a. C.
   II Reis 15:38;16:1-20; II Crônicas 27:9; 28:1-27


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Ezequias, em Judá

     Ezequias: Filho de Acaz, rei de Judá, subiu ao trono com vinte e cinco anos de idade e reinou em Jerusalém por vinte e nove anos.
     Seu reinado foi próspero e em tudo procurou agradar a Deus, e não ouve em Jerusalém rei virtuoso como Ezequias.
    Sendo rei zeloso pelas coisas de Deus, assim que subiu ao trono, tratou de desfazer as más obras de seu pai: Destrói os ídolos e templos pagãos construídos por Acaz. 
     Restaura a Casa e o Culto ao Senhor, restitui o ministério aos sacerdotes e levitas e convoca todo o reino, inclusive Israel, a celebrar a Páscoa, destrói também a serpente de bronze construída na época de Moisés, pois o povo estava adorando-a. 
     Constrói açudes e aquedutos e muitos outros feitos.
     O rei da Assíria, Senaqueribe, levanta-se contra Jerusalém, Ezequias busca a paz por meio de presentes, contudo, Senaqueribe não se dá por satisfeito e, fazendo pouco caso do Deus de Ezequias, desafia confiadamente, porém o Rei Ezequias e o profeta Isaías oram a Deus que lhes dá a vitória sem mesmo haver luta. Depois deste acontecimento, houve paz em Judá e Ezequias recebeu muitos presentes.
     Contudo, o rei Ezequias é acometido de uma doença incurável, e tem a sentença de morte decretada por Deus através do profeta Isaías. Mais uma vez, o Rei busca a bondade de Deus, e, em prantos, clama por cura, ao qual Deus concede-lhe mais quinze anos de vida. 
      Esse acontecimento se espalhou pela terra e o filho do rei da Babilônia, Merodaque-Baladã envia a Ezequias um mensageiro com presentes para o Rei. Tomado de orgulho, Ezequias mostra os tesouros da Casa de Deus, assim como os da casa real aos mensageiros da Babilônia. 
      Então o profeta Isaías adverte o Rei que este ato custaria o cativeiro dos judeus pelos babilônios e que nada restaria em Jerusalém, inclusive seus filhos. Contudo houve paz nos dias de seu reinado.
     Morre Ezequias e é sepultado com seus pais. Em seu lugar reina seu filho Manasses.
     Seu reinado vai de 716 à 687 a. C.  II Reis 16:20; 18:1-37; 19:1-37; 20:1-21; II Crônicas 28:27; 29:1-36; 30:1-27; 31:2-21; 32:1-33; Isaías 38.1-5; 39:1-8.

Manases, rei em Judá

Manasses: Filho de Ezequias, rei de Judá. Começou a reinar com doze anos de idade e reinou por cinqüenta e cinco anos em Jerusalém.
Fez tudo que era mal perante o Senhor, desviando-se dos caminhos do Senhor e dos ensinamentos de seu pai, o rei Ezequeias. 
 Foi um rei cruel, e sua maldade chegou ao extremo de derramar muito sangue inocente em Jerusalém. 
Não deu ouvidos ao profeta Miquéias que não se cansava de repreender o povo pelo pecado e de falar sobre as conseqüências da desobediência. Mesmo assim, Manasses promoveu a idolatria por todo a terra de Judá, prestando culto aos ídolos de Canaã; reedificando os altos que o seu pai tinha destruído; assim como poste-ídolo; levanta altares a Baal; edifica altares a todo o exército dos céus, nos pátios da casa de Deus; oferece seu filho em holocausto a Moloque; pratica magia, adivinhações e outras superstições; pôs um ídolo na casa de Deus; e finalmente, envolveu o povo em todas as abominações das nações idólatras, a ponto de os israelitas cometerem mais maldades do que os cananeus, a quem o Senhor tinha expulsado de Canaã.
Contudo, Deus o castigou por todos os seus terríveis e abomináveis feitos, pois foi levado cativo pelo rei da Assíria para a Babilônia, onde se humilhou diante de Deus.
Voltando a Jerusalém, estabeleceu de novo o culto ao Senhor, e destruiu todos os altares e lugares de idolatria, mas os altos não foram destruídos. Ordenou que Jerusalém fosse fortificada, e pôs guarnições em todos os lugares fortes de Judá.
Morre Manasses em Jerusalém, porém não foi sepultado com seus pais, mas no jardim da sua casa. E em seu lugar reina seu filho Amom. 
    Seu reinado vai de 696 à 642 a. C.

    II Reis 20:21; 21:1-18; II Crônicas 32:33; 33:1-20.

Amom, rei em Judá
Amom: Filho de Manasses. Sucedeu seu pai aos vinte e dois anos de idade e reinou em Jerusalém por dois anos.
Foi um rei mal e impiedoso fazendo tudo o que seu pai fizera, se afastou dos ensinamentos do Senhor e voltou-se à prática da idolatria.
Porém não se humilhou perante o Senhor. Seu orgulho e sua idolatria não foram aceitos por alguns de Judá e é Amom assassinado por seus próprios servos em sua casa. Porém o povo pune os assassinos do Rei.
Foi Amom sepultado no jardim de sua casa, em Jerusalém. E em seu lugar, reina seu filho JOsias.
 Seu reinado vai de 642 à 640 a. C. (II Reis 21:18-26; II Crônicas 33:20-25).

Josias,  rei em Judá

Josias: Filho de Amom, rei de Judá, e Jedida, filha de Adaías. Começou a reinar com apenas oito anos de idade em reinou em Jerusalém por trinta e um anos.
Rei piedoso, durante seu governo procurou fazer tudo de acordo com a Lei do Senhor, foi temente e fiel ao seu Deus, por esse motivo seu governo foi de paz. Contudo. A profetisa Hulda, profetisa grandes males para o povo de Judá por causa dos pecados de seus pais.
Josias permaneceu nos conselhos do seu Deus e manda purificar o templo do Senhor e queimar tudo que era usado nos cultos a Baal, destituiu os sacerdotes que sacrificavam aos deuses, e eliminou de Judá todo e qualquer lugar de idolatria; eliminou também os feiticeiros, médiuns e toda abominação com a qual o povo de Judá havia se contaminado; deu ordem para que celebrassem a Páscoa.
Já no fim do seu reinado, o faraó Neco foi lutar contra os medos e babilônios, atravessando o território israelita, Josias saiu contra os egípcios em Megido, apesar de ser alertado pelo faraó a não fazer isso, Josias não atendeu e foi mortalmente ferido por Neco. Foi sepultado em Jerusalém com seus pais. O profeta Jeremias compôs uma bela elegia, a qual durante muito tempo era cantada ou recitada todos os anos. Em seu lugar reinou seu filho Jeoacaz.
Seu reinado vai de 640 à 609 a. C.
II Reis 21:26; 22:1-7; 23:1-30; II Crônicas 33:25; 34:1-33; 35:1-2.
  
Jeoacaz,  rei em Judá

    Jeoacaz ou Jeocaz: Filho de Josias, rei de Judá, e Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Sucedeu seu pai aos vinte e três anos de idade reinando em lugar de seu irmão mais velho, Jeoaquim, e reinou sobre Judá apenas três meses.
    Durante o seu curto reinado, fez tudo o que era mal perante o Senhor e demonstrou sua maldade oprimindo o povo. Porém o Faraó Neco mandou prender a Jeocaz para que não reinasse em Jerusalém; e Israel impôs a pena de cem talentos de prata e um talento de ouro.
    Em seu lugar o Faraó-Neco estabeleceu rei a Eliaquim, também filho de Josias, e mudou-lhe o nome para Jeoaquim. Quanto a Joacaz, levouconsigo para o Egito, onde permaneceu preso até a sua morte, para se cumprir o Deus falou por intermédio da profetisa Hulda.
     Reina em Judá em 609 a. C.
   II Reis 23:34; II Crônicas 36:1-4; Ezequiel 19:3.

 Jeoaquim, rei em Judá

     Jeoaquim: Filho de Josias, rei de Judá, e Zebida, filha de Pedaías. Seu nome era Eliaquim, porém o Faraó-Nero mudou para Jeoaquim. Subiu ao trono de Judá com vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos em lugar de seu irmão Jeoacaz que fora levado cativo para o Egito.
     Assim como seu irmão, fez tudo o que era mal perante o Senhor. Durante seu reinado o rei Nabucodonosor, rei da Babilônia que havia vencido o Faraó-Neco, sobe contra Judá e por três anos tem o rei Jeoaquim por seu servo, até que este se rebela contra aquele. O Senhor então envia contra Judá os caudeus, siros, moabitas, amonitas para destruí-la por causa dos pecados cometidos pelo rei Manasses.
     E assim, depois de um reinado iníquo de onze anos, de grandes perturbações, foi Jeoaquim morto, sendo o seu corpo lançado para fora de Jerusalém, com indignação, como o profeta Jeremias o havia anunciado. E em seu lugar reinou seu filho Joaquim.
    Seu reinado vai de 609 à 598 a. C.
   II Reis 23:34-36; 24:1-37; II Crônicas 36:4-8; Jeremias 22:18,19; 26:23.

 Joaquim, rei em Judá

     Joaquim ou Jeconias: Filho de Jeoaquim ou Eliaquim, rei de Judá, e Neústa, filha de Elnatã. Sucedeu seu pai aos dezoito anos de idade e reinou sobre Jerusalém por apenas três meses e dez dias.
    Assim como seu pai, foi um Rei mal perante o Senhor. Porém não ficou impune e durante o seu reinado, e assim como profetizou Jeremias, o rei de Babilônia, Nabucodonosor, o levou cativo, levando também para a Babilônia os utensílios da Casa do Senhor, os príncipes e os homens valorosos, e todos os carpinteiros e ferreiros, deixando em Jerusalém apenas os pobres.
     Em seu lugar, o rei da Babilônia fez rei a Matanias, irmão de Jeoaquim e tio de Joaquim, a quem Nabucodonosor muda o nome para Zedequias.
     Joaquim esteve preso com todo o rigor pelo espaço de trinta e seis anos; foi só depois deste tempo que Evil-Merodaque, sucedendo a Nabucodonosor, o pôs em liberdade, e o colocou num lugar de superioridade em relação aos outros cativos. E nada mais se sabe dele, não obstante terem sido Daniel e Ezequiel seus companheiros no cativeiro.
  Reina em Judá em 598 a. C. II Reis 24:6-17; I Crônicas 3:16,17; II Crônicas 36:8-10; Jeremias 22:24-30; 29:2.

 Matanias, rei em Judá

     Matanias ou Zedequias: Filho de Josias, rei de Judá, e Hamutal. Sendo tio de Joaquim, rei de Judá, sucedeu seu sobrinho Joaquim aos vinte e um anos de idade e reinou por onze anos sobre Jerusalém.
    Este foi o último Rei de Judá e também fez o que era mal perante o Senhor. Sempre que o Senhor mandava um mensageiro a Zedequias, esse zombava, desprezava a Palavra de Deus e prendia os profetas; o povo aumentava mais e mais as transgressões, cometendo todo tipo de abominação. O trono de Judá foi dado a Zedequias por Nabucodonosor, rei da Babilônia, depois que levou preso o rei Joaquim. Na ocasião, Nabucodonosor fez Zedequias jurar fidelidade, e isto também foi um desagrado ao Senhor. Porém, nove anos depois se revoltou contra Nabucodonosor, que, por esse motivo, subiu contra Jerusalém. Jeremias, o profeta, aconselhou Zedequias a que se rendesse, mas ele recusou e a cidade foi tomada. Fugiu Zedequias, mas foi preso na planície de Jericó. Foi levado à presença de Nabucodonosor, que então estava em Ribla da Síria, e ali viu matar os seus filhos, sendo-lhe depois tirados os seus próprios olhos e levado atados com duas cadeias de bronze para a Babilônia.
    Depois desse acontecimento, Nabucodonosor mandou queimar a Casa do Senhor e a do Rei, assim como todas as casas de Jerusalém, seus muros foram derrubados, levou cativo para a Babilônia alguns de Judá que tinham ficado na cidade e a outros, pobres, deixou-os como lavradores de vinhas. Nomeou a Gedalias governador sobre eles, e tudo quanto Salomão tinha feito para a Casa do Senhor foi levado para a Babilônia. E assim, Judá esteve em cativeiro babilônico por setenta anos, para se cumprir o que o Senhor falara por meio dos seus profetas, tudo por causa da maldade e infidelidade do povo de Deus. 
   Seu reinado vai de 597 à 586 a. C.
  II Reis 24:17,18; 25:1-22; II Crônicas 36:10-21; Jeremias 12:13; 32:4

Baasa, rei em Israel
  
    Baasa: Filho de Aías, da tribo de Issacar. Sucedeu Nadabe após tê-lo traído e matado toda a sua família. Reinou por vinte e quatro anos sobre Israel. Foi um rei cruel e muito desagradou a Deus. Mandou exterminar a descendência de Jeroboão, porém andou nos seus caminhos maus não dando ouvidos à Palavra de Deus que recebeu do profeta Jeú. Por esse motivo veio sobre ele a ruína, e seu governo foi cheio de perturbações, esteve em guerra com Judá. O neto do rei da Síria, Ben-Hadade, tomou diversas cidades ao norte de Israel, obrigando-o, desta maneira, a desistir de fortificar Ramá contra Judá. 
     Morre o rei Baasa, é sepultado em Tirza. E seu filho Elá o sucede no trono, porém, depois de sua morte seu servo Zinri extermina todos de sua casa como dissera o profeta Jeú. Seu reinado vai de 896 à 886 a. C. I Reis 14:10;15:20-34; 16:1-13; II Crônicas 16:4,5.


 Elá, rei em Israel
    
    Elá: Filho de Baasa, rei de Israel. Sucede seu pai no trono, mas reina sobre Israel apenas por dois anos. Assim como fizera seu pai Baasa com a casa de Jeroboão, foi também Elá morto por seu servo Zinri e, com ele toda a sua família extinta de Israel como o profeta Jeú tinha falado a Baasa. Em lugar de Elá, reina o comandante dos carros de Israel, Zinri.  Seu reinado vai de 886 à 885 a. C.
I Reis 16:6-14.

Zinri, rei em Israel

Zinri: Comandante de Elá, Rei de Israel. Zinri assassinou o rei e toda a sua casa e tomou o trono de Israel, porém não reinou mais que sete dias, pois o povo de Israel ao saber dos feito de Zinri, proclama o general do exército, Onri como seu rei. Marchou Onri imediatamente contra a capital Tirza, Zinri refugia-se na parte interior do palácio, pôs-lhe fogo, e morreu ali mesmo. Também não buscou o Senhor assim como Jeroboão. E em seu lugar reinou Onri. Reinou em 8865 a. C.  I Reis 16:8-20.

Onri, rei em Israel
    
  Onri e Tibni: Onri era General do exército de Israel, foi proclamado rei após sete dias da morte do rei Elá, reinando no lugar de Zinri que havia traído o rei e assassinado-o e usurpado o trono. Reinou doze anos sobre Israel e fez tudo o que era mal aos olhos do Senhor, levando Israel a toda idolatria e não andou nos conselhos do Senhor. Apesar de aclamado Rei, não teve unanimidade e Tibni, filho de Ginate, é também aclamado como rei por uma parte do povo, havendo guerra civil em Israel, mas esta acaba com a vitória de Onri e Tibni morto.
    Onri compra o monte de Samaria que fica em Semer, e ali edifica a cidade de Samaria transferindo a capital do reino para lá, permanecendo portanto apenas seis anos do seu governo em Tirza que era a capital de Israel.
    Também o rei Onzi faz alianças com os fenícios, casando seu filho, Acabe com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Sídon, deste modo os males provenientes do culto a Baal foram introduzidos no reino de Israel, pelo o que o Senhor fala por intermédio do profeta Miquéias que faria de Israel uma desolação. Além disso, durante o reinado de Onri, permaneceu Betel como capital religiosa do país, continuando ali o culto do bezerro, introduzido por Jeroboão.
O profeta Miquéias, denunciou a política e a religião de Onri.
Morreu Onzi. É sepultado em Samaria e Acabe, seu filho, reinou em seu lugar.  Seu reinado vai de 886 à 874 a. C.
I Reis 16:15-28; 20:34; Miquéias 6:16.

Acabe,rei em Israel

     Acabe: Filho de Onri, rei de Israel. Sucedeu seu pai no trono e reinou vinte e dois anos sobre Israel. Fez tudo o que era mal aos olhos de Deus pior ainda que seu pai. Pois se Casa com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal. Seu filho Acazias, sucede-lhe no trono. E sua filha, Atália, casa-se com Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. Seu reinado vai de 874 à 853 a. C. (I Reis 16:28-34;18:1-46; 20:1-43; 21:1-29; 22:37-40; II Reis 2: 9:26; II Crônicas 18:1-34).


O rei Acazias rei de Israel
                               
     Depois da morte de Acabe, revoltou-se Moabe contra Israel. E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, em Samaria, e adoeceu; enviou mensageiros e disse-lhes: Ide e consultai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença.” (2 Reis 1:1,2).
     Não estamos falando aqui do 6º rei do reino de Judá, que reinou durante menos de um ano (c. 841 B.C.). Em 2 Cr 21:17 ele é chamado Joacás, um nome em que as duas componentes do nome Acazias são simplesmente invertidas, mantendo o significado.
     Este Acazias era o filho mais novo de Jorão e Atália, seguindo as pisadas de seu pai em impiedade.
     Chegou ao trono quando tinha 22 anos (2Rs 8:26; 2Cr 22:1-4).
     Juntou-se ao seu tio Jorão de Israel para lutar contra Hazael de Damasco em Ramoth-Gilead. Jorão foi ferido nesta batalha e retirou-se para Jezreel para recuperar dos seus ferimentos.
     Enquanto ele estava lá Acazias visitou-o (2 Rs 8:28, 29; 2 Cr 22:5, 6), e foi durante a sua estadia em Jezreel que Jeú se revoltou. Aquando da sua chegada a Jezreel este aspirante ao trono matou Jorão. Acazias fugiu mas foi ferido mortalmente.
     O seu corpo foi levado para Jerusalém para ser sepultado (2 Rs 9:27-29; 2Cr 22:7-9).
     Após a sua morte a sua mãe Atália matou os seus herdeiros (excepto o menino Joás, que foi escondido) e tomou o trono (2 Rs 11:1-3).
     Estamos falando aquivdo do 9º rei de Israel Acazias, cujo nome significa “Yahweh agarrou (a minha mão)". Sucessor e filho do rei Acabe, e em menos de dois anos, cometeu como seu pai, erros inadmissíveis para um governante da nação cujo SENHOR era o Deus.
      Mantendo-se fiel à tradição da família ele "fez mal aos olhos do Senhor" e serviu a Baal (1Rs 22:40, 1Rs 22:51-53).
   > Juntou-se a Josafat de Judá na construção de uma frota de navios para serem enviados a Ofir para transportar ouro. Os navios naufragaram no Golfo de Aqaba, provavelmente numa das perigosas tempestades que aparecem subitamente nessa região. 

  > Acazias aparentemente propôs uma segunda tentativa, mas Josafat rejeitou depois de ter sido avisado por um profeta que não se deveria juntar com o perverso rei de Israel (1Rs 22:48, 49; 2 Cr 20:35-37).
    > A rebelião de Moab parece ter ocorrido durante o seu reinado mas nada foi feito a fim de sujeitar esse país (2Rs 1:1).    
    > Acazias: Não cair em si.
   O rei de Israel sofreu um grave acidente "caiu pelas grades de um quarto alto" no seu palácio. E esta seria uma grande oportunidade para ele voltar a Deus arrependido como fez Davi, “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” lemos em Salmo 119:71. Mas infelizmente, Acazias não caiu em si.
     Ao invés de se arrepender de seus pecados e buscar ao Deus de Israel, Acazias tomou uma providência equivocada: mandou mensageiros a Ecrom para consultar Baal-Zebube, para saber se ele sararia daquela enfermidade.
 
    >  Acazias, consultou um deus de um povo pagão, Baal-Zebube. “Baal-Zebube” o deus introduzido em Israel por Jezabel”; a pagã esposa do pai de Acazias, o rei Acabe.
     O nome “Baal” significa “senhor” ou “deus”.
“Zebube”, significa “ir para lá e para cá, oscilar, ir de um lado para o outro”. Na forma nominal, refere-se ao inseto chamado mosca. “Baal-Zebube” significa literalmente “senhor das moscas”.
      O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).
     Acontece que o anjo do Senhor contou ao profeta Elias a intenção de Acazias e disse: “Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás.” (2 Reis 1:3-4).
     Os mensageiros deram meia volta e foram encontrar o rei Acazias, que foi logo perguntando o que havia acontecido, pois não tinha dado tempo de irem até Ecrom e voltar. Os servos de Acazias contaram do homem que eles não conheciam e que saiu ao encontro deles no caminho e que mandou um recado endereçado ao rei.
     O rei Acazias perguntou sobre a aparência do homem que seus servos encontraram no caminho e pela descrição: um homem peludo, com os lombos cingidos com um cinto de couro, Acazias deduziu facilmente que se tratava do profeta Elias
   E mandou um capitão de cinquenta, com seus cinquenta homens, com ordens expressas para levarem Elias até sua presença.
     A pequena companhia do exército de Israel encontrou Elias tranquilamente sentado no cume do monte e o capitão disse: “Homem de Deus, o rei diz: Desce.” (2 Reis 1:9b). Não foi uma boa ideia. Elias respondeu: “Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta.” (2 Reis 1:10). Morreu todo mundo torrado!
     O que aconteceu ao capitão e sua tropa deveria ter intimidado Acazias, mas ele nem se tocou e mandou outro capitão e sua tropa de cinquenta homens com a mesma ordem: trazer Elias. A mesma coisa aconteceu.
    Acazias era bem teimoso e pela terceira vez mandou outro capitão com seus homens buscarem Elias.
     Desta vez o capitãozinho agiu diferente. Ele subiu ao monte, se ajoelhou diante do profeta Elias e suplicou, dizendo: “Homem de Deus, peço-te, que seja preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes cinqüenta teus servos. Eis que fogo desceu do céu, e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinqüenta, com os seus cinqüenta; porém, agora seja preciosa aos teus olhos a minha vida.” (2 Reis 1:13-14).
     Elias recebeu ordem do anjo de Deus para que ele não temesse e fosse até Acazias com o capitão e Elias obedeceu e foi com o capitão até Samaria.
    Elias foi até o rei Acazias, mas isso não mudou sentença de morte, (2 Reis 1:16).
    O homem morreu do jeitinho que o Senhor havia decretado e em seu lugar reinou Jorão, outro filho de Acabe, porque Acazias não tinha filhos.
   
Resumo da vida do Profeta Elias

> O mais famoso e dramático dos profeta de Israel;

> Foi contemporâneo de Acabe, Jezabel, Acazias, Obadias, Jeú e Aazael;
>  Predisse o início e o fim de uma seca de três anos e meio (I Rs 17.1; 18.44);
>  Fugiu da presença de Acabe e foi sustentado pelos corvos e por uma pobre viúva (I Rs 17.1-6; 8-16);
>  Foi usado por Deus para ressuscitar uma criança (I Rs 17.22);
>  Desafiou os profetas de Baal no Monte Carmelo (I Rs 18.22-45);
>  Ameaçado de morte, fugiu com medo de Jezabel e desejou a morte (I Rs 19.4);
>  Caminhou 40 dias 40 noites, após ser alimentado com pão e água, trazidos por um anjo (I Rs 19.8);
>  Ao chegar em Horebe, esconde-se em uma caverna, onde tem um encontro com Deus (I Rs 19.12);
>  Unge Elizeu como seu sucessor (I Rs 19.15,21);
> Foi levado ao céu em um redemoinho (II Rs 2.11)
A história de Elias está registrada em I Rs 17.1 até II Rs 2.11.

O Profeta Elizeu

     Boa parte da Biografia de Eliseu, cujo nome significa “Deus é salvação” encontramos descrita, no chamado ciclo de Eliseu que começa em 2 Reis 2.  E foi líder dos filhos dos profetas no reino de Israel por cerca de cinqüenta anos, a partir do início do reinado de Jeorão em 852 a.C. 
     Como Elias, ele nada deixou escrito para a posteridade, mas alguns dos seus feitos estão registrados para o nosso conhecimento e ensino nos dois livros de Reis.
     Há apenas uma referência a ele no Novo Testamento, mas foi feita pelo Senhor Jesus Cristo (Lucas 4:27), o que lhe dá plena autenticidade, se isso fosse necessário.
      No primeiro livro dos Reis, Eliseu é ungido, por ordem de Javé, como o profeta que iria suceder Elias (1 Reis 19,16).
    Seu chamado. Elias encontrou o jovem e forte Eliseu lavrando com doze juntas de bois adiante dele. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Era um gesto simbólico, imediatamente compreendido por Eliseu: ele seria o sucessor de Elias, que já havia passado adiante e seguia o seu caminho. Sua submissão foi imediata: correu após Elias, sem discutir condições, pedindo apenas oportunidade para despedir-se dos pais, o que Elias lhe concedeu.
Provou que sua decisão era definitiva, ao tomar e matar a junta de bois, usar os aparelhos de aragem para cozer as suas carnes e alimentar o povo com elas.
     Em seguida seguiu Elias, deixando o conforto do seu lar e tornando-se o seu servo (1 Reis 19:21).
      Elias estava com pressa de deixar o cargo, mas Eliseu não estava preparado ainda. Era necessário tempo para aprendizagem e durante sete ou oito anos Eliseu foi assistente de Elias, prazo em que houve silêncio sobre os dois nas crônicas bíblicas.
     O seu relacionamento com Elias era de servo, descrito ao rei Jeosafá, depois que Elias se fora, como “derramar água sobre as mãos de Elias”. A humildade, apego e submissão de Eliseu ao seu mestre não podiam ser descritas de maneira mais clara e abreviada, convencendo Jeosafá a ir procurá-lo para resolver um problema sério, certo de que a palavra do SENHOR estava com ele (2 Reis 3:11,12).
     Conhecemos a história em que o profeta Elias é levado para o céu, num carro de fogo, e Eliseu recebe o manto do profeta, neste gesto simbólico estava indicado o sucessor de Elias.
     Em seguida Eliseu utilizando o manto de Elias realiza o primeiro milagre: fato narrado em 2Reis 2,14, Eliseu apanhando o manto de Elias bate na água do Jordão e elas se abrem para ele passar. E os milagres assim se sucedem um após outro. Eliseu tornou-se assim um grande profeta e que realizou inúmeros milagres. Foi o sucessor de Elias no Reino do Norte de Israel.

Eliseu Foi um dos profetas que mais tem milagres registrados na Bíblia  e dentre eles estão listados:
> Abriu as águas do Jordão com a capa deixada por Elias (2 Reis 2:14).
> Transformou uma fonte de água má em água potável utilizando sal (2 Reis 2:19-22).

> Amaldiçoou os rapazes que zombavam de sua calvície. Deus então envia duas ursas que matam e despedaçam quarenta e dois destes rapazes.(2 Reis 2:23-24). 

>  Previu ao rei uma expedição bem-sucedida contra os moabitas (2 Reis 3:11-27). 

>  Multiplicou o óleo de uma viúva (2 Reis 4:1-7).

> Previu o nascimento do filho de uma sunamita e, quando o menino morreu, Eliseu rogou a Deus e o trouxe de volta à vida (2 Reis 4:8-37).

> Alimentou cem homens com vinte pães e algumas espigas (2 Reis 4:42-44).

> Curou o capitão da Síria Naamã de lepra (2 Reis 5:1-19).

> Fez um machado que havia caído no rio flutuar (2 Reis 6:1-7).

> Adivinhou os planos dos inimigos do rei (2 Reis 6:8-12).

> Previu, durante a grave fome de Samaria, que haveria abundância de comida no dia seguinte e, profetizou a morte do oficial que zombou da profecia (2 Reis 7).

> Após a sua morte, quando um cadáver foi jogado em sua sepultura, assim que tocou nos ossos do profeta, voltou à vida (2 Reis 13:20-21).

     Exerceu influência no Reino de Israel quando mandou ungir Jeú rei e exterminar a casa de Acabe (II Reis 09:06).


Filiação de Eliseu
    Era filho de Safat e vivia em Abel Mehola, no Vale do Rio Jordão. Seus pais possuíam muitas posses e sua família possuía 12 juntas de bois.

Morte de Eliseu
    No final de sua vida Eliseu foi atacado por uma doença incurável. Ele chamou Jeoás, filho de Jeoacaz e neto de Jeú para ir visitá-lo. Eliseu anuncia a vitória sobre os Síros.
     Eliseu mesmo depois de sepultado continua a realizar milagres vejamos este: Todos os anos um bando de Moabitas invadia Israel. Certa ocasião o bando Moabita invadiu um funeral e todos presentes fugiram e jogaram o defunto na sepultura de Eliseu. Quando esse defunto tocou nos ossos do profeta, ele voltou a viver. (2 Reis 13,20-21).


O que é a porção dobrada?

 No texto bíblico onde encontramos esse pedido, sugere-se que Eliseu pediu para si, o dobro de poder que havia sobre Elias.
 Para entendermos melhor o texto de 2Rs 2:9 temos que primeiramente passar por alguns princípios hermenêuticos. Existe sim um abismo entre o autor e o leitor que precisa ser entendido para que o texto seja corretamente interpretado e aplicado com precisão.

Então temos:
O abismo do tempo (cronológico); 
O abismo do espaço (geográfico);
O abismo dos costumes (cultural);
O abismo do idioma (linguistico);
O abismo da escrita (literário);
O abismo espiritual (sobrenatural).

 Não podemos pegar o texto e ler sem considerarmos esses fatores. Não podemos ler e aplicar imediatamente. Não podemos ler e dizer o que o texto "significa para mim." O texto tem um autor e um significado específico que o autor intencionou e desejou comunicar, e precisamos entender o objetivo do autor, e para isso temos que transpor esses abismos.
 Sabendo desses abismos temos um trabalho árduo na interpretação bíblica, o trabalho de transpô-los, e no texto em questão 2Rs 2:9 que diz: "...Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim".
  Quando abrimos as Escrituras, é como se estivéssemos entrando num país estranho, com pessoas de costumes  e cosmovisões diferentes. Por isso se faz necessário um entendimento da cultura que os personagens bíblicos estavam inseridos, entendendo o contexto deles e a intenção do autor ao escrever o que escreveu.
  Na lei mosaica, encontramos em Dt 21:15-17 o direito dos primogênitos. Especialmente no verso 17 lemos: "Mas reconhecereis por primogênito o filho da mulher não amada, dando-lhe porção dobrada dos bens. Esse filho é o primeiro fruto dos seu vigor, e a ele pertence o direito de primogenitura." 
 O primogênito recebia porção dobrada da herança deixada pelo pai, recebia um lugar especial de honra e tinha privilégios na família. Recairia sobre ele a responsabilidade de ser o líder da família, o cabeça, o substituto do pai nas responsabilidades familiares.
  Quando Eliseu pede porção dobrada, ele não pede porção dobrada do Espírito de Deus que estava sobre Elias, mas pede porção dobrada do espírito de Elias.
   De acordo com a cultura judaica baseada na Lei de Dt 21:17, quando Eliseu pede porção dobrada ele está pedindo que fique no lugar de Elias como profeta. Sendo responsável pelas funções proféticas em Israel.
   Ainda não podemos esquecer que Eliseu já havia recebido uma porção no momento de sua chamada e que, se no momento da partida de Elias, Eliseu visse Elias subir isto indicaria que ele já tinha a porção de Elias, foto demostrado pela visão sobrenatural, e ao receber a capa estaria confirmando o direito da primogenitura. Assim como os obreiros que são consagrados ao santo ministério não para fazer a obra, mas para confirmar sua chamada já identificada ni cumprimento das atividades. 
   E o mais escandaloso é usar toda a ideia de porção dobrada como algo financeiro, como uma campanha para se ter um ano mais próspero e abençoado. Completamente fora da palavra e bem distante de uma hermenêutica sadia e precisa.
 Ano profético da porção dobrada? Só pode ser brincadeira e ainda de mal gosto, levando o povo de Deus para longe da cruz e para bem perto dos braços de Mamom.


Deus matou 42 jovens que  chamaram o profeta Eliseu de careca?  (II Reis 2. 23-25),

     Os ateus tenta provar nesta passagem que Deus é injusto e intolerante. Mas o texto deixa claro o motivo do  incidente.  
  Eliseu estava em um caminho, fazendo uma viagem, sozinho: “Então, subiu dali a Betel; e, indo ele pelo caminho, uns rapazinhos saíram da cidade…” (2 Reis 2.23). 
     A palavra [na ár] usada para rapaz no original se refere a um rapazes (idade entre 12 e 16 anos) quase adultos, (Gen 22:5), pois os adultos com certeza estariam ocupados nos campos, então não eram crianças como todos pensam.
    Observe que esses rapazinhos “saíram da cidade” no encalço do profeta Eliseu, que estava em uma estrada seguindo viagem. 
     Interessante observar que a Bíblia cita que 42 deles foram mortos mais à frente. Ou seja, existia um grupo com mais de 42 jovens perseguindo o profeta Eliseu. 
     A questão é: Para que finalidade um grupo tão grande de jovens se reúne para perseguir uma pessoa? Esperaram para abordar o profeta numa área mais deserta com que objetivo? Teriam eles boas intenções? Evidente que não!
    Assim, vemos claramente que o profeta Eliseu estava correndo perigo e estava em grande desvantagem diante de um grupo de jovens mal intencionados que buscava fazer algum mal contra ele.
     Quando Eliseu foi abordado por esse grupo no caminho, provavelmente em uma área deserta e de mata – pois a Bíblia relata que as ursas saíram do meio de um bosque – o grupo o hostilizou dizendo o seguinte: “uns rapazinhos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo! Sobe, calvo” (2 Reis 2.23).
     A expressão “sobe, calvo” não quer dizer apenas uma zombaria por Eliseu ser careca. A palavra “sobe” empregada por aquele grupo, zomba do ministério profético de Eliseu, fazendo uma comparação injusta com o profeta Elias que “subiu” ao céu em um redemoinho (2 Reis 2.11).  Em outras palavras, aqueles jovens estavam zombando da autoridade profética de Eliseu.
     O termo [calvo] pode ter tido uma conotação diferente, naquele tempo os leprosos raspavam a cabeça, e é de fato que toso sabem que um leproso era uma pessoa ignorada em toda a cidade, ninguem conversava com ele, ele era totalmente desprezado. Com isso chamando-o de calvo, queria dizer que ele era um rejeitado pela sociedade, e não se discute aqui se Eliseu era careca ou não. 
     Outra conotação a [calvo] poderia ser que naquele tempo as pessoas que perdiam seus parentes, elas raspavam suas cabeças.

     Diante disso, a única saída vista por Eliseu foi recorrer ao seu Senhor em oração. E é nesse momento que Deus intervém: “então, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois deles. (2 Reis 2.23). 

     É certo que após esse dia toda a nação israelita tornou-se convicta que Eliseu era um verdadeiro profeta e trazia uma palavra repleta de autoridade da parte de Deus. Até mesmo o impiedoso Rei Jorão, filho de Acabe, passou a tratá-lo com grande deferência e respeito ( 2 Reis 3:11-13), depois desse fato.

      Não foi a primeira vez que Deus puniu seus inimigos com a morte, Elias já havia feito isso com os 450 profetas do deus Baal, provando que Ele era o único Deus e seus inimigos eram punido com a morte. 

     Outro detalhe é que não foi Eliseu que tomou a vida daqueles rapazes, foi o próprio Deus, pois somente Ele poderia ter dirigido as 2 ursas naquela hora para atacá-los.

     Notemos que as 2 ursas não atacou a Eliseu, somente aos rapazes o que nos mostra que não foi uma coincidência, Eliseu foi poupado como o povo Hebreu nas pragas do Egito. Foi claramente um ato de Deus em juízo sobre aqueles meninos.

     A ofensiva dessas duas ursas conteve o ânimo maligno desse covarde grupo de jovens, que não conseguiu atentar contra a vida do profeta. 
     Fica a pergunta: Se Deus não tivesse agido rapidamente, o que esse grupo poderia ter feito ao profeta? Deus foi injusto em defender um servo seu contra jovens mal intencionados?
     Assim, esses jovens não foram mortos por Deus porque chamaram Eliseu de calvo, mas como fruto de suas ações malignas e covardes diante de um servo de Deus. Assim, não houve injustiça alguma da parte de Deus.




Temos o rei Jeú e Átlia, e outros reis ( pagina 127-129 do livro).







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