Estatísticas do livro de Jeremias
É o 24º livro da Bíblia, tem 52 capitulos, 1.364 versiculos e aproximadamente 43 mil palavras. O livro contém 779 predições. Há 194 perguntas, 303 mandamentos e 16 promessas. Em Jeremias podemos descortinar 62 mensagens divinas. Jesus é conhecido aqui no livro como o Senhor dos Exércitos.
Sete aspectos principais caracterizam o livro de Jeremias
(1) É o segundo maior livro da Bíblia, pois contém mais palavras (não capítulos) do que qualquer outro livro, exceto Salmos;
(2) A vida e as tribulações pessoais de Jeremias como profeta são reveladas com maior profundidade e detalhes do que as de qualquer outro profeta do Antigo Testamento;
(3) Está permeado ' com as tristezas, angústias e prantos do “profeta das lágrimas” por causa da rebeldia de Judá.
(4) Sua palavra-chave é “rebelde” (usada treze vezes), e seu tema perpétuo é o inescapável juízo divino em retribuição à rebeldia e apostasia;
(5) Sua maior revelação teológica é o conceito do “novo concerto”, que Deus estabeleceria com seu povo fiel num tempo futuro de restauração (Jr 31.31-34);
(6) Sua poesia é tão eloquente e lírica quanto qualquer outra obra poética da Bíblia, com uso abundante de metáforas excelentes, frases vividas e passagens memoráveis;
(7) Há mais referências à nação de Babilônia nas profecias de Jeremias (Jr 16.4) do que em todo o restante da Bíblia.
Autoria do Livro de Jeremias
A data. O Livro de Jeremias foi escrito entre 630 e 580 AC. Jeremias profetizou a Judá durante os reinados de Josias, Jeoaquim, Jeconias e Zedequias.
O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a Jeremias, e Naum, Habacuque e Obadias foram contemporâneos contemporâneo mais jovem, profetizando na Babilônia de 593 a 571 a.C.
O autor do livro é indicado com clareza em Jeremias 1.1. Depois de profetizar durante vinte anos a Judá, Jeremias foi ordenado por Deus a deixar a sua mensagem por escrito. Assim o fez ao ditar suas profecias a seu fiel secretário, Baruque (Jr 36.1-4).
O profeta Sofonias precedeu ligeiramente a Jeremias, e Naum, Habacuque e Obadias foram contemporâneos contemporâneo mais jovem, profetizando na Babilônia de 593 a 571 a.C.
O autor do livro é indicado com clareza em Jeremias 1.1. Depois de profetizar durante vinte anos a Judá, Jeremias foi ordenado por Deus a deixar a sua mensagem por escrito. Assim o fez ao ditar suas profecias a seu fiel secretário, Baruque (Jr 36.1-4).
Visto que Jeremias estava proibido de comparecer diante do rei, enviou então Baruque para ler as profecias no templo. Depois disso, Jeudi as leu diante do rei Joaquim. O monarca demonstrou desprezo a Jeremias e à Palavra do Senhor ao cortar e queimar o rolo (Jr 36.22,23). Jeremias voltou a ditar suas profecias a Baruque, e dessa vez incluiu até mais do que estava no primeiro rolo. Seu ministério abrangeu os últimos quarenta anos da nação.
As qualidades de jeremias
1) Jeremias, o arauto de Deus a nação – 1.1; 33-26
2) Jeremias, o atalaia de Deus – 34.1 – 45.5
3) Jeremias, testemunha de Deus a nação – 46.1 – 52.34
4) Jeremias, um homem de coragem – Ez. 2.6
5) Jeremias, homem de inflexibilidade – Ez. 3.8,9
6) Jeremias , homem de vigilância – Ez. 3.17-19
7) Jeremias, homem de atenção – Ez. 3.10; Dt. 18.20;
Porque Jeremias é conhecido como “o profeta chorão"?
Seu livro está carregado de emotividade e de lágrimas por Judá. É o profeta que diz, por exemplo: "Oh, se a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em fontes de lágrimas, para que chore dia e noite os mortos da filha do meu povo!". No entanto, as suas lágrimas não são somente dele: é também o pranto de Deus pela nação apóstata.
Mas Jeremias é também o "profeta chorão" porque escreveu o livro de Lamentações. Segundo conta a tradição, escreveu-o sentado sobre um monte próximo, enquanto via a devastação da cidade.
A imagem de Jeremias chorando sobre Jerusalém se repete quase seiscentos anos mais tarde. Não se trata de Jeremias, mas sim de Jesus, com o qual os seus contemporâneos o achavam bem parecido. Ele também chora, e em seu choro vai dizendo: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis juntar a seus filhos, como a galinha a seus pintinhos debaixo das suas asas, e não quiseste! Eis aqui, vossa casa vos é deixada deserta; e vos digo que não me vereis, até que chegue o tempo em que digais: bendito aquele que vem em nome do Senhor". A cidade não está ainda desolada; no entanto, Jesus pode vê-la tal como vai estar quarenta anos depois. Exatamente como a viu Jeremias.
Seu sofrimento
Devido ao seu chamado ministerial e sua vocação profética, o profeta Jeremias teve que amargar uma vida de muito sofrimento, pois o profeta estava comprometido com a visão que Deus lhe dera e sabia de sua responsabilidade, mais ele não se entregou, lutou até o fim, seus sofrimentos nos mostram que é possível obter triunfo em meio a dor e ainda assim se manter fiel ao Senhor.
• Sofreu o desprezo do seu próprio povo – Jr. 12.5
• Sofreu ferimentos e prisões – Jr. 20.1-2; 33.1
• Sofreu solidão – Jr. 15.17
• Sofreu a dura prova do calabouço – Jr. 38.6
• Sofreu nas mãos dos falsos – Jr. 18.18; 20.9,10
• Sofreu perigo de morte – Jr. 26.1 ss
Quem será que está disposto a pagar o preço que esse servo de Deus pagou? Colocando-se muitas vezes em perigo e lutando bravamente, tudo por amor e para cumprir as ordens de seu Senhor!
As Crises existências de Jeremias
Na verdade todos nós passamos por crises na vida, a crise é um momento decisivo, em que você tem que tomar uma decisão.
1) Questionou a Deus – seria tu um ilusório ribeiro para mim? – vide 15.18
2) Expressou profunda angústia em meio a perseguição, sentindo que Deus usou de força demasiada para com ele – vide 20.7 –
3) Pensou em parar de falar no nome do Senhor – 20.9
4) Amaldiçoou até o dia de seu nascimento – 20.14-18
4) Amaldiçoou até o dia de seu nascimento – 20.14-18
Para entender o livro
Para compreender melhor o livro de Jeremias é preciso sabermos um pouco sobre a história de Israel durante o período de sua profecia, do reinado do Rei Josias (640 a.C ) até após a fuga para o Egito ( aproximadamente 587 a.C) .
Após os reinados idólatras e malévolos dos reis Manassés e Amom, Josias, chega ao poder buscando re-estabelecer a verdadeira religião de Israel.
Com a descoberta do rolo do livro da Lei no templo a reforma de Josias ganha maior impulso tendo como base a destruição dos altares locais aonde acontecia o sincretismo religioso.
Aproveitando-se da fraqueza dos Impérios Assírio e Egípcio Josias extende a sua influência para sobre o território do antigo Reino do Norte de Israel. Todavia Josias morre cedo na batalha de Megido numa tentativa desesperadora de evitar a volta da influência egípcia sobre a região da Palestina.
O povo fez de Jeoacaz, filho de Josias, rei. Mas o Faraó-Neco vendo isso como tentativa de soberania mandou prender Jeoacaz e fez seu irmão Eliaquim, rei de Judá, mudando o seu nome para Jeoaquim, para mostrar sua submissão.
- Eliaquim, (o que Deus levanta).
- Jeoaquim, (Deus estabelece),
Jeoaquim foi um rei mal e corrupto.
Enquanto o povo sofria sobre os pesados impostos do Faraó Jeoaquim construiu um palácio para si mesmo. Mandou também matar o profeta Urias, e só não matou a Jeremias devido aos amigos influentes do profeta.
Internacionalmente o poder de Egito caiu após a batalha de Carquemis 605 a.C e Jeoaquim ficou submisso ao novo poder da época, o Império Babilônico de Nabucodonozor.
Insensatamente Jeoaquim aproveitou um momento de fraqueza interna da Babilônia para rebelar-se contra Nabucodonozor.
Durante alguns anos Jeoaquim foi enfraquecido por ataques dos aliados de Nabucodonozor até esse vir com o seu exército sitiar Jerusalém. Durante esse período morre Jeoaquim e sobe ao trono o seu filho Joaquim que com a queda de Jerusalém é levado cativo para a Babilônia com os principais líderes da nação.
Matanias , irmão de Jeoaquim, é colocado como rei por Nabucodonozor e seu nome muda para Zedequias.
Incompetente e medíocre, Zedequias é levado a rebelar-se pelos profetas nacionalistas trazendo a fúria de Nabucodonozor. A cidade de Jerusalém é destruída e Zedequias levado, cego, para o cativeiro.
A triste história de Judá termina com o assassinato do competente regente estabelecido por Nabucodonozor, Gedalias, e a fuga desesperada do remanescente para o Egito, fugindo da retaliação do imperador Babilônico.
Conteúdo do livroO livro é essencialmente uma coletânea de profecias de Jeremias, dirigidas principalmente a Judá (229), mas também a nove nações estrangeiras (46- 51); estas profecias focalizam principalmente o juízo, embora haja algumas que dizem respeito à restauração (especialmente os capítulos 30-33).
Assim como Ezequiel, Jeremias pratica várias ações simbólicas a fim de ilustrar de modo claro a sua mensagem profética:
- o cinto podre (Jr 13.1-14),
- a seca (Jr 14.1-9),
- a proibição divina de não se casar ou ter filhos (Jr 16.1-9),
- o oleiro e o barro (Jr 18.1-11),
- o vaso do oleiro, que se fragmentou (Jr 19.1-13),
- os dois cestos de figos (Jr 24.1-10),
- o jugo no seu pescoço (Jr 27.1-11),
- a compra de um terreno na sua cidade natal (Jr 32.6-15)
- e as grandes pedras colocadas pavimento de tijolos de Faraó (Jr 43.8-13).
Após a destruição de Jerusalém, Jeremias foi levado contra sua vontade ao Egito, onde continuou profetizando até a sua morte (Jr 43 e 44). Muitas das profecias de Jeremias foram cumpridas durante a própria vida do profeta (Jr 16.9; 20.4; 25.1-14; 27.19-22; 28.15-17; 32.10-13; 34.1-5;); outras que envolviam o futuro distante, foram cumpridas posteriormente, ou ainda estão por se cumprir (Jr 23.5,6; 30.8,9; 31.31-34; 33.14-16). Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultaram na destruição de Jerusalém e do templo.
O cenário envolve as seguintes localidades:
- Babilônia. A cidade foi construída na margem esquerda do rio Eufrates, onde agora existe o raque; Gênesis 11.1-9 conta como a construção de uma torre ali não foi terminada porque Deus confundiu a íngua falada pelos seus construtores.
- Judá. Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram ontra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o “comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (lRs 12).
Reis da Época de Jeremias
> Josias (Jeová Cura). Décimo sexto rei de Judá, que reinou 31 anos (640-609 a.C.) depois de Amom, seu pai (2Rs 21.26). Promoveu uma reforma religiosa, baseada no Livro da Lei (2Rs 22-23). Foi morto na batalha travada com o Faraó Neco, em Megido (2Rs 23.28-30).
> Jeoacaz (Jeová Prendeu). Décimo sétimo rei de Judá, filho e sucessor de Josias. Foi mau e, após três meses de reinado, foi levado, em 609 a.C, pelo faraó Neco para o Egito, onde morreu - Obs. também chamado Salum (2Rs 23.31; 2Cr 36.1-4).
> Jeoaquim (Jeová Firma). Décimo oitavo rei de Judá, filho de Josias. Reinou 11 anos (609-598 a.C.), em lugar de Joacaz. O faraó Neco mudou o seu nome de Eliaquim para Jeoaquim (2Rs 23.34-24.5), Jeoaquim queimou o rolo que continha uma mensagem de Jeremias (Jr 36).
> Joaquim (Jeová Estabelece). Décimo nono rei de Judá, que reinou três meses em 598 a.C., depois de Jeoaquim, seu pai. Foi um mau rei, sendo levado preso para a Babilônia (2Rs 24.6-17) e libertado mais tarde (2Rs 25.27-30). Joaquim também era chamado de Conias (ARA Jr 37.1) e Jeconias (Jr 22.24,28).
> Zedequias (Justiça de Jeová). Vigésimo e último rei de Judá, que reinou 11 anos (598-587 a.C.) em lugar de Joaquim, seu sobrinho (2Rs 24.17).
O rei Zedequias revoltou-se contra Nabucodonosor, que o derrotou, castigou cruelmente e
destruiu Jerusalém (Jr 21.1-10; 37.1-21; 38.14-28; 2Rs 24.18-25.7).
O Pecado de Judá Jeremias denuncia a nação por sua grande iniqüidade. O pecado estava tão arraigado na natureza do povo, que a idolatria e a maldade eram coisas inerentes às suas vidas.
Por causa da sua infidelidade a Deus, o povo deixaria sua terra e seria levado como escravo (Jr 17.1-4).
Israel tinha abandonado a Jeová e escolhidos outros deuses, e dessa falsa crença tinha resultado uma profunda degeneração moral, (Jr 2.13,21).
Outros pecados em Israel eram:
- Idolatria (Jr 1.16; 7.16; 8.2-19; 11.13; 32.29; 44.2);
- Descrença (Jr 5.12);
- Iniqüidades (Jr 5.2,26-28; 6.6,13; 7.5,6; 9.2; 13.27; 34.8);
- Materialismo (Jr 7.21);
- Confiança própria (Jr 8.8; 18.18);
- Dureza de coração (Jr 8.6).
O Livro de Jeremias ante o Novo Testamento
O emprego principal do livro de Jeremias no Novo Testamento diz respeito à sua profecia de um “novo concerto” (Jr 31.31-34). Embora Israel e Judá tivessem transgredido, repetidas vezes, os concertos com Deus, sendo, posteriormente, arruinados como castigo por sua rebeldia, Jeremias profetizou a respeito de um dia em que Deus faria com eles um novo concerto (Jr 31.31).
O NT deixa claro que esse novo concerto foi instituído com a morte e ressurreição de Jesus Cristo (Lc 22.20; cf. Mt 26.26-29; Mc 14.22-25), está sendo cumprido agora na Igreja, que é o povo de Deus segundo o novo concerto (Hb 8.8-13), e chegará ao seu clímax na grande salvação de Israel (Rm 11.27).
Outras passagens messiânicas de Jeremias aplicadas a Jesus no NT são:
- O Messias como o Bom Pastor e o Justo Renovo de Davi (Jr 23.1-8; Mt 21.8,9; Jo 10.1-18; ICo 1.30; 2Co 5.21);
- O choro amargo em Ramá (Jr 31.15), cumprido na época em que Herodes procurou matar o menino Jesus (Mt 2.17,18);
- O zelo messiânico pela pureza da casa de Deus (Jr 7.11), demonstrado por Jesus quando purificou o templo (Mt 21.13; Mc 11.17).
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